29/03/2011

só pra constar(²):  

Expressões latinas que tem sido bem interessantes:
Vi veri veniversum vivus vici - "pelo poder da verdade, eu, enquanto vivo, conquistei o universo". 
'Alea jacta est' - "Os dados estão lançados"
Nemo me impune lacessit - "Ninguém me fere impunemente"
Nihil obstat - "nada impede"  (para ser impresso)
Imprimi potest - "pode ser impresso",  
Ab ovo -"desde o ovo" (ou seja, "desde o início", "desde a origem").
Memento mori - "Lembre-se da morte", 
Mea culpa - “falha minha”, ou “meu próprio erro
Tempus fugit - "O tempo foge", "o tempo voa".
pesquisa rápida:

Super libis é o selo/marcação gravada na encadernação da obra. Se fica na folha de guarda, ou qualquer coisa do tipo, torna-se um ex-libris.

mais coisas pra explorar como objeto gráfico.

27/03/2011

A proposta é escrever no mínimo uma vez por semana, pra manter o hábito da escrita e desabafar essas coisas que vão se acumulando e evitar que virem uma crise gigante.


Acho que perdi a sensação de saber o que é definitivo, duradouro. perdi isso. abraço as ações mais levianas, e sem sentidos, na expectativa de que elas possam ser repetidas, ou constantes. Me engano diariamente sobre as pessoas, gerando uma vontade imensa de me desligar de todas elas. de me desligar da vida.

24/03/2011

quase 36h sem dormir. Me sinto dopado, esquizofrênico e traído por mim mesmo. uma noite que não ficou legal. Anyway.

agora vejo os objetos ainda com mais delicadeza, pequenos e tão simples, e dotados de tamanho potencial não só sob o aspecto da memória, mas de algo mais, que os fazem reluzir no primeiro olhar. A pirita é o "ouro de tolo", mas ainda assim, brilha. E não importa seu valor comercial, mas sim seu valor sentimental, mas sem o apego a esse objeto. Ele é só um canalizador dessas memórias e sentimentos.

enfim. eu tinha que escrever alguma coisa, eu me prometi que ia escrever a cada semana. taí. Semana corrida, tudo muito novo, matérias incriveis, idéias nascendo a toda hora. mas ainda assim, preciso me concentrar em produzir.

08/03/2011

mais outro pensamento pra pesquisa:

essa semana andei pensando mais sobre a pesquisa de coleções, cátalogação e memórias, e, com uma conversa com um amigo que jura que aconteceu com um colega dele, vi a existencia das coleções indesejadas.

do inicio da história:

A gente tem uma tendencia natural de colecionar objetos que trazem boas recordações. Guardar estas lembranças traz uma calma e a certeza que fizemos a coisa/escolha certa, e por isso fomos recompensados com um momento tão agradavel. Falo isso em relação ao outro lado que são das más lembranças.

Esse colega do meu amigo tem um hábito de rouber uma calcinha das amigas. É apenas uma, e diz ele que a pessoa não repara que foi roubada, mas apenas que sumiu. O que ele faz com isso? Nada de usá-las, ou masturbar-se. Diz esse meu amigo que esse colega (não vou julgar se é verdade ou não, não quero saber se isso acontece de fato com meu amigo, não tenho essa curiosidade, mas o assunto me fez pensar), quando consegue chegar em casa, ele apenas esconde o produto de seu furto e sente completa vergonha disso. não tem coragem de devolver, sabe que tem uma compulsão, não vê nada de mais num pedaço de pano, mas tem uma coleção que não gostaria de ter.

não, meu amigo não é o Wando.


bom, todos nós não colecionamos uma série de erros que não gostamos de contar, mas que, graças a eles, sabemos o que não fazer? Todos nós não temos uma vergonha de ter feito algo, e é muito mais dificil se esquecer dessa memória do que uma boa? Comecei a pensar que vemos o lado bom da "memória" e "coleções", mas elas existem a muito mais tempo, pra nossa sobrevivencia. Colecionar momentos ruins nos fazem evitar que ocorram novamente.

Mas voltando, se uma coleção de calcinhas é um produto de uma "coleção de más memórias" quais seriam suas possibilidades ? cicatrizes, tatuagens, psicólogos, auto-tortura.

ainda não sei, não to bem de saude, mas vou pesquisar mais alguma coisa sobe isso. Por enquanto fica de registro pra futuras idéias....

01/03/2011

se vamos falar sobre os passos da pesquisa, que seja do inicio, então.

Tudo começou após as vadiagens, ressacas e ameaças de perder o semestre por faltas. Não eram pra mim essas ameaças, mas sentia que eu deveria escutar, já que acompanhava o mesmo ritmo deste meu colega que seguia o caminho com mais afinco. Só não sabia como mudar. Acreditava que estava indo bem, quando não era essa situação. Só fazia aquilo que era pedido, e sentia muita dificuldade em ir além, quando via colegas ousando cada vez mais.

Ora, era natural, eles eram artistas e eu ja tinha definido que não queria ser isso. Eu deveria me tornar um designer. E ai veio os problemas.

Eu estava trabalhando numa empresa como diagramador. Era tratado como designer, mas não sabia resolver determinados problemas que outro conseguiria. Mas conseguia ser mais "artístico" naquele ambiente. Já na faculdade era o caminho inverso, não conseguia ser artista mas era mais "designer" que meus colegas de sala.

O que eu estava me tornando, afinal?

Se não era bom em nada, então estava satisfeito. Porque aprendi desde cedo que independente do que eu faça, deveria ser o melhor naquilo, ou tentar chegar o mais perto possivel de quem fosse.


Entre essa e outras crises pessoais, veio o estopim de tudo. Um trabalho na aula, com nossa 2ª professora: desenvolver um trabalho que se relacionasse com a cidade, e que seguisse a minha linha de raciocinio desenvolvida até então.

Qual é meu raciocínio? O que desenvolvi até o momento? Qauis daqueles trabalhos era eu de verdade? Qual é a minha identidade? Quem/o que sou eu?



Talvez seja bobagem ler isso de fora, mas pra mim, aquilo fazia e faz todo sentido até hoje. esses questionamentos foram fundamentais pra localizar (sem sucesso até hoje) minha verdadeira identidade. Pra algumas pessoas isso é fluido, rápido e agradavel, mas pra mim tem sido torturoso. Principalmente porque tenho enfrentado certos demônios que tenho evitado a anos, e sempre que começo esse processo de cutucar feridas antigas, eu entro numa crise que me trava completamente, me fazendo desistir de continuar.

Novamente, em crise, tenho evitado pensar em cartas coisas. Mas tenho plena consicencia agora, que precio continuar me perguntando sobre a minha identidade. porque o tempo urge. e eu não posso mais desperdiçar o pouco que me resta.